A teoria de Darwin sobre a selecção natural foi brilhante até onde pode, mas logo parou contra um obstáculo sério. Segundo as observações de Darwin, as características pessoais são passadas dos pais para filhos em medidas iguais: dessa maneira, uma mãe inteligente e um pai estúpido produziriam filhos de inteligência mediana. Isso colocou um problema para a selecção natural. Pois se um indivíduo "superior" aparecesse numa espécie, essa característica superior seria gradualmente diluída através da reprodução.
Darwin, entretanto, havia suposto que as mudanças evolucionárias aconteciam gradualmente; essa hipótese logo foi provada falsa. William Bateson, na Inglaterra, e Hugo de Vries, na Holanda, descobriram que as espécies parecem evoluir em passos bruscos e descontínuos, chamados por Vries, em 1900, de "mutações".
No mesmo ano, Vries deparou-se com alguns artigos publicados pelo monge austríaco Gregor Mendel. Embora esse trabalho tivesse sido ignorado durante a sua vida, Mendel, trabalhando com simples ervilhas, tinha levado a cabo a descoberta de leis da hereditariedade que revolucionariam a biologia e traçaram as bases da genética.
Por sete anos, de 1856 a 1863, Mendel cruzou e produziu híbridos de plantas com características distintas - plantas altas com plantas anãs, ervilhas amarelas com ervilhas verdes e assim por adiante. Ele observou com surpresa que tais características não são diluídas nem resultam em meio-termo, mas se mantêm distintas: o rebento híbrido de uma planta alta e de uma anã era sempre alto, não de tamanho médio. Ervilhas amarelas cruzadas com ervilhas verdes produziam ervilhas amarelas, em vez de ervilhas verde-amareladas.
Quando Mendel cruzava os híbridos altos, a geração seguinte retinha as características distintas encontradas nas plantas "avós", a terceira geração de plantas do cruzamento amarelo/verde eram 75 por cento amarelas e 25 por cento verdes.
Mendel logo deduziu a matemática por trás desse fenómeno. As plantas, como os mamíferos, têm dois "pais" e cada um aparentemente contribui com características (alta ou anã, amarela ou verde) para as gerações. Portanto, embora a característica de tamanho pequeno possa desaparecer na segunda geração, ela vai aparecer em alguns indivíduos da terceira. Por isso foi pensado que tais informações devem vir em pares, um par de cada pai.
Mendel formou duas leis. A Lei da segregação factorial, os dois elementos de um par de genes separam-se nos gâmetas, de tal modo que, há probablidade de metade dos gâmetas transportar um dos alelos e a outra metade transportar outro.
A lei da segregação independente de Mendel diz que durante a formação dos gâmetas, a segregação dos alelos de um gene é independente da segregação dos alelos de outro gene.
Embora a questão da hereditariedade seja geralmente bem mais complicada do que o cruzamento de ervilhas, Mendel tinha-se deparado com um princípio genético fundamental. As descobertas de Mendel foram cruzadas com a biologia da célula, a genética emergiu num novo campo. Com o melhoramento dos microscópios, os biólogos foram capazes de observar as células reproduzirem-se dividindo-se em duas, e que cada célula resultante herda metade de cada cromossoma do original. Perto de 1870, foi também descoberto que, quando um espermatozóide fertiliza um oócito II, os cromossomas conbinam-se.
Essas duas observações juntas explicam o mecanismo básico da hereditariedade. Os "factores" de Mendel foram eventualmente renomeados de genes, e descobriu-se que cada par de cromossomas numa célula carrega vários pedaços de informação genética. De um modo geral, a genética abriu caminho para uma linha darwiniana modificada: a evolução processa-se, algumas vezes, por mutação súbita com as novas características passadas geneticamente, mas principalmente pela segregação genética natural (recombinação de genes).
Fonte: www.cientic.com e www.geocities.com
Reflexão: Este artigo está muito de acordo com a matéria que demos e acho importante pôr aqui. Podemos verificar a importância que as descobertas de Mendel tiveram no mundo e as questões que se levantavam tendo as respostas já sido publicadas. Quer dizer, Darwin sem se saber explicar e o Mendel ali mesmo à mao de semear. Felizmente Mendel apareceu no mundo da ciência e espalhou a sua graça, quando as suas descobertas foram um começo de grandes investigações e grandes respostas. A sua pesquisa com as ervilhas, os cruzamentos que fazia com elas, a investigação dos fenótipos e o uso de termos matemáticos fez do nós um pouco mais sabidos.=D