Os cientistas para seguirem o projecto começaram por fabricar quimicamente uma centena de segmentos do ADN da bactéria com cerca de cinco a sete mil pares de bases; a seguir, juntaram esses segmentos, utilizando a bacteria intestinal “Escherichia coli” (uma estrela dos laboratórios de biotecnologia) e obtiveram segmentos maiores. Por último, utilizando a levedura, juntaram todos esses segmentos numa única molécula com os tais 582.970 pares de bases, criando assim uma cópia perfeita, mas artificial, do genoma de “Mycoplasma genitallium”.Bom... a cópia não é exactamente perfeita. É que os cientistas introduziram deliberadamente duas diferenças no genoma artificial: por um lado, retiraram-lhe um gene, chamado MG408, que é responsável pelo carácter patogénico da “M. Genitallium”. Por outro, inseriram “marcas de água”, isto é, pequenas sequências genéticas sem qualquer efeito, no meio do ADN sintético, para conseguir distingui-lo do seu homólogo natural.
Fontes: Ana Gerschenfeld (24-01-2008)
Reflexão: Bem, a partir desta notícia é de prever que estamos muito próximos de criar vida artificial. Depois de sermos capazes de fabricar um genoma de uma bactéria pode ser possível criar um genoma humano, se bem que a tarefa se vai complicar bastante, não só a nível de capacidade de criar, como também a autorização para tal. O DNA humano tem três mil milhões de pares de bases, enquanto que a bactéria em causa tem apenas 582.970 pares de bases. O que mostra que a artificilização do genoma humano ainda em alguns dias pela frente.
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